Quem Sou

Hitórico

do menino ao Xamã

José Alexandre Ribeiro Dutra

Nascido em São João da Boa Vista –SP, desde criança possui uma sensibilidade e uma intuição aguçada, sempre chamando atenção por esta característica.

Em 1973,  o futuro menino aryana, passou pelo primeiro processo físico iniciático, quando passou por um afogamento.

“…caí em uma piscina e ninguém percebeu que não sabia nadar. Entrei em desespero neste momento, senti meu corpo desfalecendo e indo ao fundo da piscina, quando senti uma mão quente apoiando minhas costas me levando a superfície, quando olhei quem me tirava do fundo era uma imagem de um índio. Quando perceberam que era um afogamento e me retiraram de lá e prestaram os socorros necessários.”

Lembrança Afetiva

Neto de Benzedeira

Sua Avó paterna (Maria Strazza Dutra) , de origem Alemã, benzedeira, tinha como rito atribuir os cuidados e características de um santo para cada neto que nascia e foi atribuído a ele a proteção e virtudes de São Francisco de Assis (considerado por estudiosos – o xamã da igreja católica).

Entre rezas, benzimentos, simpatias, remédios naturais e aconselhamentos para pessoas que vinham até ela, ele atento observava e aprendia.

Dos netos, o que mais se identificou com a missão da avó, foi ele e desenvolveu estes dons, atribuídos por ela como ensinamentos e “dons de cura de São Francisco”.

Encontro com seu Don

Iniciação Xamânica

Em 1978 passou pela iniciação xamânica de conhecimento do Arquétipo Ancestral de Cura, quando estava com uma infecção forte e durante o sonho foi orientado intuitivamente após fazer orações que tinha aprendido com sua avó.

“…sonhei com um velho índio que me pedia calma e que fizesse o que me pedia.  A orientação era para fazer um colar com dentes de alho e colocasse no pescoço até melhorar.  Assim fiz e em poucos minutos senti como se unhas de felino arrancasse o que estava em minha garganta.   A infecção começou a sair em placas e 2 horas depois, já estava sem febre e bebendo água.”

Em 1993 fui convidado para conhecer São Thomé das Letras – MG, e fui acolhido pela Montanha do Juan / Serra do Canta Galo.

A primeira vista fui recebido por um senhor com sotaque em “portunhol” Argentino, sorridente se apresentando como Juan Uviedo.

Pouco sabia sobre aquele místico senhor que todos tinham respeito, afinal, meu objetivo de estar alí era conhecer e ser voluntário ao trabalho que desenvolvia em uma creche montada por ele e se mantinha com doações e seus trabalhos de curas xamânicas.

Nesta época era educador e estava envolvido com trabalhos sociais voluntários, estava de férias e disposto a fazer o meu melhor possível com as crianças que lá estavam.

Fazia muito frio, era mês de Julho, voluntários se revezavam para desenvolver diversas atividades, alimentação e estadia que formavam um grande acampamento de barracas como um grande Clã de Ciganos.

Juan neste período ficava recluso em seu período de meditação e Jejum que na minha chegada já estava 14 dias, pouco aparecia e o que sabia sobre ele, era o que ouvia dos seus feitos, da sua magia, do seu poder de atuação como xamã.

Após 3 dias começou a fazer sentido seu papel como Xamã, ele ao entardecer era visto em uma pedra no topo da montanha observando, acompanhando o que era feito e apenas uma pessoa chegava onde ele estava e as instruções eram passadas em códigos para mim. A montanha tinha uma linguagem própria chamada de Cosmologia, as pessoas eram tratadas por signos e cores, obedecendo as frequências de cada dia e o que deveria ser feito, pessoas procuravam Juan com pedras e falavam de cirurgias energéticas.

 

Após dias exaustivos de trabalho, fui conduzido até Juan a seu pedido no entardecer, então, ele saiu da sua barraca com um cajado de sustentação pelos longos dias de jejum e me convidou para assistir o Por do Sol da pedra que costumava observar.

 

Em completo silencio ele sentou, observou , abriu um velho livro que trazia nas mãos e leu em voz alta :

“Fique curvos e permanecerão retos,

Fique vazios e permanecerão cheios,

Fique gastos e permanecerão renovados”

 

Contemplou mais uma vez o Sol com seus últimos raios e me dirigiu a palavra: “Muito bem filho, te acompanhei por 7 nascer do Sol e ví que é um Guerreiro Paciente”. Nossa foi até a Lua Cheia estar alta no céu e me contou um pouco da sua vida, o que fazia e em cada conto era um encanto.    Ele se auto nomeou : Xamã/Bruxo Santhomense,  Pai de uma Montanha de guerreiros que chegam e que partem, um gringo que fala “portunhol “ e fala com as pedras e todos chama de Juan.

Uma fogueira foi acesa e com seus ritos, ervas e instrumentos celou o término do seu Jejum de 21 dias e disse : “Saiba que selei neste fogo, com muitas fogueiras e a Lua está de testemunha” dando gargalhadas como criança. Nesta hora perguntei sua idade, ele silenciou e disse: “Tenho a idade que quero ter, assim como posso ir para onde quiser se estiver me elementando” (um trocadilho em estar alimentando e em contato com os quatro elementos)

 

Os dias se passaram e meu tempo na montanha chegava ao fim, era momento de me despedir do Juan, agradecer a oportunidade de fazer a troca com aquele lugar.

 

Juan desta vez, me recebeu com um cachimbo e um xícara de café e me disse que breve iriamos nos rever, porque a montanha apartir deste momento era minha e quando quisesse vir morar lá, seria muito bem vindo.

 

Retornando para meu ritmo normal, muitas coisas despertaram dentro do meu coração e minha cabeça pensava em muitas coisas novas com a linguagem que a Montanha usava.

Nos meses seguintes começaram acontecer sonhos muito simbólicos e com eles meu corpo começou a manifestar somatizações e estigmas nos pés.

Deitava sem nada nos pés, sonhava que era levado para uma mata fechada, caminhava muito, no meio do caminho encontrava índios que me levavam para passar por um portal e chegava a uma grande clareira com uma fogueira no cento e do outro lado um velho índio que nada dizia – era como se conversasse comigo mentalmente.

Quando acordava, meus pés tinham sangrado em todo lençol e colcha e a única coisa que evidenciava eram bolhas semelhantes a queimaduras, mas não apresentavam nenhuma dor.

A busca de resposta iniciou com médicos, medicamentos, benzimentos, Fitoterápicos que amenizavam, mas não solucionavam.

Os sonhos revelatórios repetiam e agora começavam a me dar um chá no sonho e meu estômago também gerava mal estar.

Já estava em 1996 e recebi outro chamado para ir até Juan e desta vez estava na hora de conhecer o Xamã que talvez tivesse a solução para o que estava vivenciando.

Ao chegar até Juan já caia a noite a fumaça e o brilho da fogueira me aguardava e fui recebido com um sorriso e um abraço que não tem igual. Conversamos em grupo diversos assuntos e chegou um momento que pediu para ficar a sós comigo, e ele disse: “Veio para ficar na Montanha ou para participar do jogo do Guerreiro ?”  Disse que estaria alí para entender o que acontecia e fui narrando tudo que estava acontecendo, ele manipulava algumas pedras como um oráculo.   Sem me interromper ouvia tudo e quando terminei ele disse : “Filho, desde quando pisou aqui, sabia que estava frente a um Xamã, mas tudo tem o seu despertar.  Chegou o chamado e o que está tendo é apenas uma manifestação da sua condição de curador natural.  Agora a jornada é sua, você escolhe se deseja praticar, ou apenas a solução do que está sendo evidenciado”

A noite uniu ao dia com nossas conversas e Juan me explicou tudo que aconteceria se aceitasse e se negasse o chamado, lemos novamente o Tao (livro que ele meditava) com o nascer do Sol :

“Tudo que existe egressa do ser e regressa ao ser.

O ser é insondável Tao.

Das profundezas do ser

Nascem todos os seres que existem

O ser, porem,

É o abismo do não-existir”

Então, descidi que apartir daquele momento queria ser iniciado e honrar meu compromisso com o Grande Mistério a serviço do bem maior.

Comecei então com meu mapa Gestacional me conhecendo com o jogo das pedras, participando do Jogo dos Guerreiros, fazendo cirurgias energéticas, participando e ritualizando com a magia natural, conhecendo na prática como manipular o imprevisto.

Em 1997 já estava auxiliando Juan em suas cirurgias energéticas, fazendo leituras da carta gestacional, fazendo trocas de energias e começando os primeiros atendimentos xamânicos.

Frente a uma fogueira de Lua Cheia na Montanha, Juan me batizou com o nome de proteção Timberê com o significado do Xamã que manipula as energias da natureza e que cura com o saber natural. Com este tributo, inicia sua caminhada individual consagrando a minha  jornada de cuidador, visionário, sábio unificador e guerreiro pacificador.

Em 1998, assumo a responsabilidade de resgatar, respeitar e transmitir a tradição Aryanã – sabedoria transcendental que me chega por sonhos e intuições decodificando o Xamanismo Aryanã .

Em 2000 em Águas da Prata, realizo a primeira cerimônia de fundação do Canto dos Xamãs e comecei a atuar como terapeuta e mestre de cerimônias deste local

Em 2001, participei como Xamã representante de Águas da Prata diante de um grupo de xamãs em São Paulo, sendo consagrado pelo conselho honra ancestral que se formou naquele dia, selando um acordo com os 16 Xamãs presentes a área de respeito de atuação do Xamã Timberê no raio de Águas da Prata a Campinas e selado por ritos de Sálvia Branca, Palo Santo e muitos ritos nativos.

Em 2017participei como um dos palestrantes do Congresso Internacional de Xamanismo na Internet, falando sobre “ A FORÇA ARYANÔ.

Hoje em sua missão o Terapeuta e Xamã Timberê coordena todos os trabalhos, estudos e pesquisas desenvolvidos pelo Aryanã.

Em sua Jornada Aryanã, Timberê se tornou um buscador e Conhecedor de várias estratégias terapêuticas como: Florais, Cromoterapia, Radiestesia, Arteterapia, Aromaterapia, Musicoterapia, Reiki, Cura Prânica, Hipnose, Constelação Familiar, Reprogramação energética, Cosmologia Gestacional, Fitoterapia, Sinésiologia energética, Regressão, entre outras.

Destacou por seus estudos e Pesquisas Aryanã, desenvolvendo pesquisas dos Fitoflorais Aryanã, Compostos Vibracionais Fitoterápicos Aryanã e Técnicas Terapêuticas Aryanã.

Desenvolve projetos educativos e pedagógicos desde 2014 na Rede Municipal de Ensino em São João da Boa Vista, sendo o trabalho pioneiro no país em Constelação Sistêmica com a escola municipal e comunidade e a formatação e implantação da Escola Modelo de Pedagogia Sistêmica no município.

Utiliza a Metodologia Terapêutica Aryanã em atendimentos transpessoais(desde 1997) de forma individual e nas Constelações Sistêmicas Aryanã de forma Coletiva.

Realiza Palestras da Espiral da Consciência, Vivencias do Despertar Aryanã, Ciclos Aryanã e Imersão Aryanã e Cursos, levando a sabedoria Aryanã nos temas que despertam a auto cura, a consciência transpessoal e o autoconhecimento.

“Quando me desaproprio de tudo que tenho e minha alma fica nua, já não tenho nada para o mundo me tirar.”

Timberê Aryanã